Avaliação da aprendizagem com o uso de tecnologias digitais

Como a proposta é reinventar a sala de aula, o seu planejamento, o seu layout e até as suas ferramentas, então também devemos repensar a avaliação.

Precisamos compreender que na Educação 4.0 não contemplamos conteúdos, afinal ninguém consegue consumir tanto conteúdo em um único bimestre, semestre ou ano letivo, por isso é impossível avaliar o aluno de maneira tão abrupta e sem considerar a sua aprendizagem no processo.

A avaliação deve funcionar como instrumento de aprendizagem, pois o aluno também pode aprender com este instrumento, além de considerar as suas habilidades e competências, por isso deve ser diagnóstica e formativa, portanto deve exercitar a responsabilidade, a autocrítica e não a submissão. Daí temos o conceito ilustre de Avaliação Emancipatória, muito defendida pelo patrono da Educação Brasileira: Paulo Freire.

Desta maneira, construí o meu PROJETO INOVADOR no curso de Metodologias Ativas e Tecnologias Digitais e entre as atividades finais, deveria formular uma AVALIAÇÃO também INOVADORA. Vamos lá?

Esse é o meu Projeto inovador:

Projeto inovador - Tema 003

Exemplo de Projeto Inovador – Professora Narelly Rodrigues Tema: Projeto de vida profissional e prospecção da carreira

Percebam que utilizo a Taxonomia de Bloom para descrever as atividades sugeridas e faço uma interpretação muito pessoal em como utilizar a pirâmide nesta proposta.

AVALIAÇÃO INOVADORA – SUGESTÃO

Avaliação Diagnóstica (conhecimento prévio):

  • Utilizar o Relembrar para considerar todos os conhecimentos dos alunos sobre o tema trabalhado. Como se trata de uma proposta analisando o seu projeto de vida, sugiro a rememoração das experiências escolares e acadêmicas dos alunos.
  • Assim, o aluno pode desenvolver o Compreender, de forma que eles realizarão auto-avaliações sobre as suas práticas, desejos, e porquês.

Avaliação Formativa (evolução da aprendizagem):

  • Utilizando os instrumentos indicados no projeto (offices, google sites e padlet), os alunos vão Aplicar novos saberes, no caso a utilização de novos recursos.
  • Assim os alunos fomentam o Analisar em paralelo ao aplicar, afinal, estarão construindo materiais e, dependendo dos critérios dos próprios alunos, vão refinando, customizando e personalizando as suas construções.

Avaliação Somativa (resultados):

  • Quase na finalização do processo, os alunos exercem o prática do Auto-avaliar, pois essa além de favorecer o reconhecimento do seu progresso, eles exercitam a auto-crítica e a responsabilidade e isso é bem empolgante. Nesta fase também é realizado a Avaliação por pares, a fim de que os colegas contribuam com o melhoramento de ideias, se necessário, troquem informações e dicas pontuais.
  • No Criar é incentivado a exposição, divulgação das suas atividades, por isso que é indicado o uso do Google sites para criação dos portfólios digitais e do padlet para visualização das suas produções em paralelo ao de seus colegas.

Observações:

– É claro que essas atividades recebem valores, pontuações, por isso utilizo uma planilha para a Avaliação por rubricas. Essa avaliação é considerada no grau de maneira quantitativa. Exemplo da minha planilha para avaliação por rubricas:

Avaliação por rubricas

Instrumento utilizado para fazer o levantamento de pontuação quantitativa

Em suma, perceba que toda a proposta de avaliação que sugeri pauta no processo, dos instrumentos às responsabilidades. Posso garantir que essa é a grande dica para avaliar em tempos de Educação 4.0: o processo! Pensar nos detalhes, valorizar as competências e habilidades dos alunos e apresentar desde o primeiro momento essas etapas.

Finalizo com a citação incrível que resume a minha proposta de avaliação:

A avaliação não se dá, nem se dará, num vazio conceitual, mas dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação traduzido em prática pedagógica.

Cipriano Luckesi.

Abs, prof. Narelly Rodrigues

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Metodologia da História Oral e Storytelling digital em Educação Inclusiva

Inovar em educação é sempre um grande desafio, todos já sabemos, por isso o nosso repertório de atividades docentes precisam ser variadas, principalmente por causa dos alunos nativos digitais que dificilmente se contentam com aulas tradicionais.

Pensando nisso e com a ementa da disciplina de Educação Inclusiva (Curso de Pedagogia – CEULS/ULBRA) em mãos, planejei atividades que fugiam do tradicional do ensino superior: as aulas expositivas. Conduzi os alunos e alunas em um processo de imersão nas narrativas de sujeitos como atividade básica de um conteúdo específico da disciplina e o resultado foi surpreendente.

É importante destacar que o objetivo da atividade foi compreender os sujeitos e reconhecer o perfil do(a) professor(a), aluno(a) e famílias da educação inclusiva, a fim de contribuir com a formação do educador e, consequentemente, das equipes pedagógicas multidisciplinares e/ou instituições escolares equivalentes.

Foi utilizado uma metodologia basilar e várias atividades para a construção de conhecimentos e avaliação, entre elas a Storytelling digital.

Metodologia basilar: História Oral.

Essa metodologia se apresenta de maneira interessante no campo das ciências humanas, é muito utilizada por historiadores e jornalistas, mas a proposta de utilizá-la nesta disciplina são as possibilidades de mergulhar na história dos sujeitos e compartilhar com outros estudantes essas experiências através das atividades de socialização escolhidas no planejamento.

A metodologia da história oral valida as experiências que não estão presente geralmente em documentos escritos. É uma narrativa em que a entrevista gravada ou filmada tem fundamento de um registro em cima de um suporte material que permite uma reflexão que quase sempre varia das possibilidades da documentação escrita. O comportamento do pesquisador também é diferenciado, assim como os seus instrumentos de coleta de dados e isso valida o uso dessa metodologia na disciplina em questão. Os gêneros da história oral são: Historia oral de vida, história oral temática, a tradição oral e a tradição oral testemunhal.

ATIVIDADE:

Entendemos que a proposta metodológica “História Oral” não se limita a um estudo do passado, na verdade estabelece diálogos com o presente e os temas de pesquisas da História Oral, suas questões e urgências surgem do presente e encontram acolhimento epistemológico nesta metodologia. Por isso, foi organizado 4 grupos para focar nos gêneros específicos da Metodologia e, ao mesmo tempo, em diferentes tipos de sujeitos que fazem parte da Educação Inclusiva:

História oral de vida: Apresentará a narrativa a partir da trajetória de uma pessoa com deficiência (PCD).

História oral temática: Profissão professor inclusivo (Tema central). Apresentará o perfil de um ou mais educadores que lutam por uma educação inclusiva nas escolas ou ambientes de ensino não-formal.

Tradição oral: Apresentará narrativas familiares sobre as lutas diárias para garantir direitos para os seus familiares PCDs

História oral testemunhal: Abordará as necessidades especiais de uma ou mais pessoas, os seus traumas e contextos.

Atividades planejadas a partir da Metodologia básica:

  1. Realizar a pesquisa bibliográfica sobre os gêneros da história oral, a coleta de dados e comportamento dos pesquisadores.
  1. Construir o projeto de pesquisa com indicação da aplicação da metodologia da história oral;
  1. Publicar Resumos Simples da pesquisa em Caderno de Resumos de um evento científico da Universidade;
  1. Apresentar os resultados da pesquisa em forma de filme (Narrativa Digital), com a contextualização dos sujeitos pesquisados e suas narrativas;
  1. Expor as narrativas dos sujeitos da pesquisa em forma de museu da pessoa nos corredores da Instituição.

É exatamente a atividade 4 que foi utilizada a Storytelling digital, por isso vamos aprofundar a explicação sobre esta atividade.

Atividade 4: Storytelling digital ou Narrativa digital

O contar e ouvir histórias está no âmago da educação, fazemos isso na educação básica desde o nível infantil; as famílias fazem isso, muitas vezes, desde antes do nascimento dos filhos. Portanto, contar e ouvir histórias está na nossa natureza.

A narrativa é uma sequência de ação com início, meio e fim, geralmente. Nas escolas são utilizadas como ferramenta lúdica de ensino e aprendizagem. Quando contamos uma história, fábula, conto e até mesmo uma fofoca, exercitamos a criatividade e imaginamos o que está sendo narrado, a partir disso, mais conhecimentos ou informações se tornam significativas com o uso dessa ferramenta.

O Storytelling digital faz exatamente isso: apoia os alunos na produção e exibição dos seus trabalhos escolares/acadêmicos por meio da narrativa em formato digital. É a arte de contar histórias em um contexto multimídia. A construção, produção e exibição de narrativas, portanto, assume um caráter contemporâneo e moderno, tornando-se uma ferramenta pedagógica eficaz para o uso dos alunos nativos digitais.

Comando da atividade 4:

– Construir e produzir um filme de, no máximo, 10min contextualizando a narrativa do interlocutor/sujeito da sua pesquisa;

– Fazer uso de vídeos e fotografias para ilustrar as narrativas e inserir legendas para facilitar a compreensão das narrações; e

– Solicitar a autorização de uso da imagem dos sujeitos pesquisados.

Análise da atividade 4:

– Para muitos alunos foi a primeira experiência com a utilização da metodologia da história oral, então foi um momento trabalhoso e prazeroso de descobertas e possibilidades com a utilização dessa metodologia;

– Os filmes produzidos ficaram sensacionais! Tiramos uma noite de aula para assistir todas as produções, levamos pipoca, bolos, sucos e refrigerantes para acompanhar os filmes produzidos. Houve muitos risos, gargalhadas e emoções. Foi uma experiência emocionante e muito produtiva.

– Após a vivência de todos as atividades sugeridas no planejamento, pode-se afirmar que o objetivo de compreensão dos sujeitos da Educação Inclusiva foram alcançados, pois se tornou significativa, prazerosa e rica para os alunos.

 

Podemos afirmar que as atividades foram muito bem desenvolvidas pelos alunos e o uso de uma ferramenta que eles puderam criar digitalmente e depois exibir para seus colegas foi o ponto alto do semestre de aulas. Conseguimos, portanto, concluir que incorporar novas metodologias que coloquem os alunos como protagonistas, em um processo contínuo de exploração de sua criatividade, estética e bom senso, enriquecem o processo de ensino-aprendizagem, assim como privilegiam o domínio dos recursos digitais dos próprios alunos.

Faça aí, vale a pena!

 

Obs. Não tenho autorização do uso da imagem dos alunos, por isso nenhuma fotografia ilustra esse artigo. Perdão!

Círculo dourado (Golden Circle) e a construção do Projeto de vida dos alunos

Você conhece o Círculo de ouro ou círculo dourado de Simon Sinek?

Certamente os administradores ou entusiastas da administração e do marketing conhecem ou, no mínimo, já ouviram falar.

Simon Sinek escreveu um livro muito empolgante chamado “Starts With Why” (no Brasil: “Por Quê? – Como Grandes Líderes Inspiram Ação”). Na obra o autor esclarece que o segredo do sucesso está no “Por quê!”. A melhor explicação sobre o círculo de ouro é do próprio Simon Sinek, por isso, assista a explanação dele no TED de setembro de 2009: Clique aqui!

Simon Sinek, TED talk, set. 2009.

Estudando mais profundamente os textos sobre projeto de vida do Prof. José Moran, percebi as possibilidades de utilizar esta ferramenta em muitas áreas do planejamento das aulas, dos planos de ensino e, acredite, até do projeto de dissertação da seleção do mestrado (e deu super certo!).

Posteriormente, a professora Emily Fidelix publicou no seu Instagram @seligaprof a seguinte imagem que impulsionou o uso do Círculo dourado com os meus alunos, mas com a proposta de trabalhar a temática do Projeto de Vida.

Ideia da prof. Emily Fidelix baseada no círculo dourado.

Aproveitando a atividade do Laboratório de práticas de Metodologias ativas do Curso de Tecnologias Digitais e Metodologias ativas do PEin, utilizei com os meus alunos a seguinte proposta em outubro de 2019:

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Instrumento inspirado na proposta da prof. Emily Fidelix, adaptado para utilizar com os meus alunos e baseado no Círculo de Ouro de Simon Sinek.

Eis o desenvolvimento da atividade:

PLANO DE AULA

Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS ULBRA

Curso: Licenciatura em Pedagogia

Professora: Narelly Tavares Rodrigues e Melo

Disciplina: Seminário I: Formação Docente

TEMA: Projeto de vida e prospecção da carreira pedagógica.

OBJETIVOS:

GERAL: Desenvolver reflexões e atividades ativas, participativas e criativas sobre o projeto de vida e carreira pedagógica para realinhar as conjecturas da formação pedagógica.

ESPECÍFICOS:

-Compreender o projeto de vida discente para a prospecção da carreira pedagógica;

-Construir o Círculo de ouro

-Realizar a socialização das produções com os alunos.

METODOLOGIA

A atividade se dará em 3 aulas, sendo:

1ª aula: Apresentação do Instrumento Círculo de Ouro baseado na obra de Smon Sinek e exercícios práticos para compreensão dos conceitos.

2ª aula: Produção dos círculos de ouro dos alunos, cuja temática é “Carreira Pedagógica”.

3ª aula: Socialização dos instrumentos preenchidos pelos alunos em rodas de conversas de grupos maiores e do grupo com a toda a turma.

Orientações: Assim como o autor Simon Sinek explica, devemos começar pelo “Por quê?” para ter uma visão clara do que nos motiva a prosseguir. Portanto, os alunos deverão começar a planejar a sua própria carreira, seguindo o instrumento oferecido, pensando primeiramente sobre “o por quê” fazer isso é importante. Em seguida deverão explicar “Como” irão realizar, apresentando atividades práticas e palpáveis. E, finalmente, o “O quê?”, explicando quais as habilidades e competências eles irão desenvolver ou querem desenvolver.

RECURSOS:

– Alunos, alunas e professora;

-Instrumento impresso, lápis e canetas.

AVALIAÇÃO:

A atividade será avaliada a partir da participação nas atividades, nas rodas de conversa e na produção do material.

Esta atividade ainda fará parte do portfólio do aluno para a disciplina.

Os comentários dos alunos no momento da realização da atividade e das rodas de conversa foram diversos, relatando desde a dificuldade em pensar na própria vida e em planejá-la de maneira mais organizada e visual, até em perceber as possibilidades da carreira acadêmica, o que realmente desejam com o curso que escolheram e quais os caminhos percorrer para alcançar o tão desejado sucesso profissional.

Uma amostra da produção de duas alunas*:

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Círculo dourado das alunas

 

Muitos extrapolaram os limites do planejamento da vida profissional, por exemplo, e testaram realizar a atividade em outras áreas da vida para ter uma visão clara sobre os caminhos que poderia trilhar para realizar os seus planos. Teve uma aluna, por exemplo, que colocou no seu círculo de ouro o planejamento do seu casamento, considerando principalmente o por quê de casar, isso foi inusitado para mim, como docente, e revelador pra ela, como principal interessada neste planejamento de vida.

O interessante da temática Projeto de vida é que ela está em muitos discursos de metodologias ativas, BNCC e práticas inovadoras. Trata-se de uma proposta de personalização e protagonismo discente no processo de ensino-aprendizagem.

Alunos que constroem o seu projeto de vida se sentem valorizados pelas suas escolas e educadores possuem mais ânimo e motivação para aprender, para interagir e participar das aulas, é como um pré-requisito para ter nas nossas escolas alunos mais engajados.

* Imagens cedidas pelas alunas Cássia Lena Carvalho e Chan Lin de Jesus.

REFERÊNCIAS

FIDELIX, Emily. 3 Perguntas básicas para se fazer ao planejar e que os alunos deverão conhecer. Disponível:<https://www.instagram.com/p/B0frIali3xC/?utm_source=ig_web_copy_link&gt;. Acesso em 27 nov 2019.

MORAN. José Manuel. A importância de construir projetos de vida. Disponível em:<http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2017/10/vida.pdf&gt;. Acesso em 27 nov 2019.

SINEK, Simon. E-BOOK Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir. São Paulo: Sextante, 2018.

______________. Como grandes líderes inspiram a ação. Disponível em:<https://www.ted.com/talks/simon_sinek_how_great_leaders_inspire_action?language=pt-br&gt;. Acesso em 27 nov 2019.

Escola da Floresta – Stm/PA: Exemplo de experiência inovadora em Educação

Santarém/ Tapajós/ Amazônia/ Brasil – Cidade do Oeste do Pará conhecida como a Pérola do Tapajós por causa da sua natureza exuberante, cultura regional, povo acolhedor, encontro das águas (Amazonas e Tapajós) e pelo Festival do Sairé/ Çairé.

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Santarém e Alter do Chão no seu famoso festival do Sairé. (Fonte: Instagram da Prefeitura de Santarém)

A Escola da Floresta fica nesta belíssima cidade dentro de uma mata nativa secundária, ocupando uma área de 33 hectares. Está localizada na Rodovia Doutor Everaldo de Sousa Martins – PA 457, S/Nº Comunidade Caranazal/Eixo Forte; e a sua é promover uma Educação Ambiental de qualidade no sentido de contribuir para um ambiente ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e primado pelo desenvolvimento sustentável, mudança de comportamento e postura e todos os envolvidos no processo educacional no município de Santarém.

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Entrada da Escola da Floresta, às margens da Rodovia Everaldo Martins. (Créditos: FanPage Escola da Floresta)

A proposta inovadora e ousada foi iniciada em junho de 2008 pela Prefeitura Municipal de Santarém que acolheu a proposta de recuperar uma área antes utilizada para a criação de gado, exploração do látex e para o Projeto Puxurim (Projeto financiado pelo Governo da Finlândia de apoio a atividade extrativista sustentável, para o desenvolvimento dos produtos da floresta e para a venda dos produtos da Reserva agroextrativista Tapajós-Arapiuns).

Hoje a Escola da Floresta abraça a interdisciplinariedade e a transdisciplinariedade em muito espaço verde, com fauna e flora riquíssimas para vivência, observação participante, aprendizagem significativa e muita cultura maker, o aprender fazendo. Cada espaço da Escola é a sua sala de aula: salas de aula sem paredes, sem portas e o piso é a floresta.

Assista esta matéria jornalistica da TV Ttapajós (Tv Local) sobre uma aula na Escola da Floresta e conheça uma atividade proposta na Escola, entre tantas possibilidades. Acesse o link: Prática pedagógica na Escola da Floresta de Santarém

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Espaços da Escola e atividades com crianças da Educação Infantil (Fonte: Arquivo pessoal)

Ficou curioso(a)?

Segue as redes sociais da Escola da Floresta e conheça mais deste projeto incrível que tem tudo a ver com as Tecnologias Educacionais para novas mediações pedagógicas.

Acesse: Facebook Escola da Floresta Santarém/ PA

REFERÊNCIAS

G1 Santarém e Região. Escola da Floresta usa riqueza da fauna e flora na educação. Disponível em < http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/videos/v/escola-da-floresta-usa-riqueza-da-fauna-e-flora-na-educacao/7538329/>. Acesso em 22 out 2019.

Globo Play. Crianças participam de aula especial na Escola da Floresta de Santarém. Disponível em < https://globoplay.globo.com/v/7500171/>. Acesso em 22 out 2019.

 

“Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação”, de Vani Moreira Kenski

Vani Kenski, Doutora em educação, pesquisadora do CNPQ e colaboradora na faculdade de educação da USP; reflete na obra “Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação” as relações entre educação e tecnologias evitando os jargões e as meras definições. Pincela sobre assuntos como Educação à Distância, Ambientes Virtuais de aprendizagem, Software livres e muitos outros.

O diferencial da obra é a variedade de exemplos que a autora utiliza, tornando-a mais atrativa e nos deixando com expectativas para o futuro. A linguagem é fácil, simples e esclarecedora.

O artigo “Conhecimento, tecnologia e poder – Tríade do desenvolvimento social” deste blog foi baseado no 1° capítulo do livro de Kenski.

O livro, de 6 capítulos, encontra-se na sua 8ª edição (ano de 2011).

Recomendo a aquisição do livro, mas para despertar o interesse leia 3 capítulos da obra, em PDF.

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KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: O novo ritmo da Informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.

Semana Internacional de Tecnologia Educacional 2013

Entre os dias 16, 17 e 18 de abril acontecerá no Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo, o maior encontro de tecnologia educacional do Brasil, a Semana Internacional de Tecnologia Educacional (SINTED).

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A SINTED integrará os seguintes eventos:

A SINTED busca oferecer aos visitantes profissionais e entidades da educação novas propostas e disponibilizar meios, conhecimentos e materiais para melhorar a prática educativa das instituições e dos docentes.

Mais informações: www.sinted.com.br – Tel: (11) 5525-8222 – contato@sinted. com.br

Curso on-line e gratuito de Novas Tecnologias é oferecido pelo Programa “Apoio ao Professor”

A temática do curso refere-se às “Novas Tecnologias para a Aprendizagem no Ensino Médio e Fundamental”. É gratuito, on-line e disponibiliza diploma reconhecido pelo MEC.

O curso de 12 horas é dividido em 4 módulos, que são:

  • “Novas Tecnologias na Aprendizagem: Aspectos Filosóficos”;
  • “Novas Tecnologias na Aprendizagem: Didática Aplicada”;
  • “Novas Tecnologias na Aprendizagem: Novas Plataformas”; e
  • “Novas Tecnologias na Aprendizagem: Políticas Educacionais”.

O curso circunda as temáticas de inclusão digital, avaliação escolar, formação de professores, ferramentas tecnológicas e etc; destacando as possibilidades de contribuição das novas tecnologias no planejamento pedagógico democrático e atual.

Os interessados podem fazer a inscrição através do formulário disponibilizado no site e escolher quais módulos fazer ou, se desejar, fazer todos.

Programa "Apoio ao Professor"

O Programa “Apoio ao Professor” objetiva difundir conhecimentos para a formação continuada para professores, pesquisadores e especialistas em educação. Conta com o apoio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) da América Latina e será realizado em todos os seus países. A Universidade Gama Filho, supervisora do programa, é a responsável pela emissão dos diplomas, que podem ser aceitos nas Secretarias de Educação e somar na pontuação de carreira dos profissionais.

Não perca essa oportunidade. Faça a sua matrícula!

Novas Tecnologias na Escola – contextos, propostas e práticas

Foi-se o tempo em que sonhávamos com computadores pessoais. Naquela época, e olha que não faz tanto tempo, colocávamos a cadeira de casa no colo e fingíamos que o encosto era o teclado e o assento era a tela de um notebook. Eu, por exemplo, só fui ter computador em casa quando entrei pra faculdade, aos 16 anos, em 2006; um LG branco, com um monitor “bundudão” (era como chamávamos os monitores CRT), pesado, gabinete com compartimento de disquete e mouse com a aquela esfera de borracha, o coitado já era ultrapassado pra época, mas quebrou muito galho; pra mim e para meus irmãos era um equipamento delicado, melindroso, frágil… por vezes tínhamos vontade de jogá-lo na parede de tão lento que era…

Acontece que a tão sonhada inclusão digital chegou, e veio mais rápido do que pensávamos. Hoje temos e-mails, blogs, redes sociais, jogos on-line, comunidades, aplicativos, inúmeras senhas… tudo nas nossas mãos, cada vez menores e melhores.

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Essa realidade inclusiva não poderia ser ignorada pelas instituições e, principalmente, não ser adaptada para os diversos contextos sociais. Vemos, por exemplo, computadores ou novas tecnologias nos shoppings, veículos, supermercados, consultórios, em todos os lugares. É sem dúvida, uma invasão de máquinas. Seria somente uma questão de tempo para que essa inclusão digital chegasse às instituições educativas.

E finalmente chegou. Chegou de mansinho com projetos tímidos, às vezes descrentes, como a TV ESCOLA, a iniciativa “Salto para o Futuro” e tantos outros projetos de cunho interdisciplinar que se reservaram as escolas, mas a boa notícia é que chegou. Hoje temos projetos milionários, como a promessa de investir, até 2010, R$ 650 milhões na instalação de laboratórios de informática em todas as 130mil escolas públicas do Brasil (você sabe alguma coisa sobre isso? Partilhe sua informação/conhecimento. Comente.) com o PROINFO, que seleciona escolas estaduais e municipais que receberão computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Trata-se de iniciativas governamentais de F5 na educação.

É inevitável, as tecnologias vieram para ficar. Entretanto de que adianta um monte de parafernálias tecnológicas se não há F5 na prática pedagógica? É necessário uma reavaliação freqüente das escolas e dos docentes quanto ao currículo, as metodologias e até mesmo quanto ao Projeto Político Pedagógico das Instituições de ensino, afinal este é o mapa de direcionamento da escola, o indicar, a luz dos personagens do processo educativo.

Os laboratórios de informática dos nossos municípios têm potencial para projetos enormes e significativos. No entanto, observando a realidade da minha cidade, vemos os Laboratórios de informática com uma grande parcela (não são todos) de profissionais que não tem formação suficiente para trabalhar nos LABINS, que preferem sobrecarregar-se com 200 horas aula para complementar a renda e deixar os alunos em um joguinho qualquer, sem nenhum planejamento ou avaliação e reavaliação das atividades e da sua própria prática. Falta formação, ou talvez até interesse, ou ainda oportunidade.

Mas, retornando aos projetos enormes e significativos e iniciativas ousadas e de sucesso dos profissionais, cito o Núcleo de Informática Educativa da minha cidade, um competente grupo de professores, que realizou em novembro de 2012 a “Mostra de Animação Digital”, que nada mais é do que a socialização de ações de cultura digital e softwares livre dos LABINS, que celebrou mais de 40 animações produzidas por alunos e professores das instituições públicas de ensino, com temas transversais e propostas interdisciplinares. É de fato uma iniciativa ousada e de grande sucesso.

O diferencial desses profissionais certamente é o conhecimento dos recursos disponíveis, a disponibilidade para planejar as atividades, o retorno positivo dos alunos, o apoio da direção, a troca de idéias com os colegas profissionais e, porque não, a satisfação profissional.

Por fim, as novas tecnologias inserem o professor em seu autêntico papel, o de orientadores, facilitadores, mediadores do processo ensino-aprendizagem, levando seus alunos à construção do conhecimento diante desta superabundância de novas fontes e possibilidades.