Como a proposta é reinventar a sala de aula, o seu planejamento, o seu layout e até as suas ferramentas, então também devemos repensar a avaliação.
Precisamos compreender que na Educação 4.0 não contemplamos conteúdos, afinal ninguém consegue consumir tanto conteúdo em um único bimestre, semestre ou ano letivo, por isso é impossível avaliar o aluno de maneira tão abrupta e sem considerar a sua aprendizagem no processo.
A avaliação deve funcionar como instrumento de aprendizagem, pois o aluno também pode aprender com este instrumento, além de considerar as suas habilidades e competências, por isso deve ser diagnóstica e formativa, portanto deve exercitar a responsabilidade, a autocrítica e não a submissão. Daí temos o conceito ilustre de Avaliação Emancipatória, muito defendida pelo patrono da Educação Brasileira: Paulo Freire.
Desta maneira, construí o meu PROJETO INOVADOR no curso de Metodologias Ativas e Tecnologias Digitais e entre as atividades finais, deveria formular uma AVALIAÇÃO também INOVADORA. Vamos lá?
Esse é o meu Projeto inovador:
Exemplo de Projeto Inovador – Professora Narelly Rodrigues Tema: Projeto de vida profissional e prospecção da carreira
Percebam que utilizo a Taxonomia de Bloom para descrever as atividades sugeridas e faço uma interpretação muito pessoal em como utilizar a pirâmide nesta proposta.
AVALIAÇÃO INOVADORA – SUGESTÃO
Avaliação Diagnóstica (conhecimento prévio):
- Utilizar o Relembrar para considerar todos os conhecimentos dos alunos sobre o tema trabalhado. Como se trata de uma proposta analisando o seu projeto de vida, sugiro a rememoração das experiências escolares e acadêmicas dos alunos.
- Assim, o aluno pode desenvolver o Compreender, de forma que eles realizarão auto-avaliações sobre as suas práticas, desejos, e porquês.
Avaliação Formativa (evolução da aprendizagem):
- Utilizando os instrumentos indicados no projeto (offices, google sites e padlet), os alunos vão Aplicar novos saberes, no caso a utilização de novos recursos.
- Assim os alunos fomentam o Analisar em paralelo ao aplicar, afinal, estarão construindo materiais e, dependendo dos critérios dos próprios alunos, vão refinando, customizando e personalizando as suas construções.
Avaliação Somativa (resultados):
- Quase na finalização do processo, os alunos exercem o prática do Auto-avaliar, pois essa além de favorecer o reconhecimento do seu progresso, eles exercitam a auto-crítica e a responsabilidade e isso é bem empolgante. Nesta fase também é realizado a Avaliação por pares, a fim de que os colegas contribuam com o melhoramento de ideias, se necessário, troquem informações e dicas pontuais.
- No Criar é incentivado a exposição, divulgação das suas atividades, por isso que é indicado o uso do Google sites para criação dos portfólios digitais e do padlet para visualização das suas produções em paralelo ao de seus colegas.
Observações:
– É claro que essas atividades recebem valores, pontuações, por isso utilizo uma planilha para a Avaliação por rubricas. Essa avaliação é considerada no grau de maneira quantitativa. Exemplo da minha planilha para avaliação por rubricas:

Instrumento utilizado para fazer o levantamento de pontuação quantitativa
Em suma, perceba que toda a proposta de avaliação que sugeri pauta no processo, dos instrumentos às responsabilidades. Posso garantir que essa é a grande dica para avaliar em tempos de Educação 4.0: o processo! Pensar nos detalhes, valorizar as competências e habilidades dos alunos e apresentar desde o primeiro momento essas etapas.
Finalizo com a citação incrível que resume a minha proposta de avaliação:
A avaliação não se dá, nem se dará, num vazio conceitual, mas dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação traduzido em prática pedagógica.
Cipriano Luckesi.
Abs, prof. Narelly Rodrigues